domingo, 18 de julho de 2010

O começo

Dezembro/2009 -Depois de algus dias com dor de garganta, fui ao Hospital Cema. Duas semanas tomando remédio sem melhorar resolvi ir no Otorrino do São Luis. Um médico novo fez um exame que filma a garganta e falou que eu tinha uma ferida. Estranho, pensei! Deve ser aquele cigarro que fumei, quando tomei aquela cervejinha!  Apesar de não ter vício de fumar ou beber, ocasionalmente tinha fumado um cigarro num final de semana e achei que por não estar acostumado aquilo tinha irritado a minha garganta.

Ele ligou para um outro médico especialista nisto e começou a falar com uma cara meio preocupada. Fiquei pensando "Esse médico deve estar louco". Por fim, me deu uns remédios ele me falou para voltar dali a 2 semanas para passar com o amigo dele.

Voltando com o especialista, repetiu o exame e me falou qual eram as minhas expectativas. Nessa hora eu suei frio. O que ele queria dizer com isto? Realmente tinha alguma coisa errada! Perguntou se eu fumava ou bebia, disse que não. Explicou que poderia ser um tipo raro de tumor na Laringe, que geralmente dá em fumantes, mas tem uns 5% de pessoas não fumantes que podem ter. Infelizmente eu poderia estar neste grupo. Disse que era um tumor agressivo, mas que existia condições de cura, mas seria necessário, caso confirmado, uma cirurgia para remoção do tumor, que poderia ter como consequência a retirada parcial ou total da lingua, pois o tumor era na Laringe, mas na base da lingua.

A partir daí, meu mundo ruiu. Não estava somente com Câncer, uma doença que não se sabe quanto tempo irá se viver, se é ou não uma condenação, mas mesmo que escapasse desta, ainda poderia ficar mutilado, um ser imprestável. Inicialmente pensei:  Preferia morrer a ter que passar por isto.

Dá para imaginar como foi o nosso Natal e Ano Novo. Apesar disto, eu e a Geni não contamos para ninguêm antes das festas. Não queríamos estragar a festa de todos.

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